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Réquiem a Nilson Gurgel

               Requiem aeternam dona eis!                                                Viveu intensamente sua vida, sem medo de ser feliz. Teve vitórias e fracassos, alegrias e tristezas, emoções e decepções, mas nunca perdeu a alegria de viver. Era assim Nilson Gurgel. As vicissitudes da vida, tal qual o bambu dos ensinamentos chinês, o dobraram, mas nunca o quebraram. Não foi perfeito (ninguém o é): errou muito, magoou pessoas que o amavam, mas também foi muito magoado por pessoas que amava. Perdoava a todos, não guardava mágoas no coração. Ajudou a muitos que necessitavam, não se apegou a bens materiais.                Conheci-o logo que cheguei a Mossoró em 1998 e tornamo-nos irmãos. Frequentava minha casa como se fosse a sua. Eu sempre lhe dei essa liberdade. Sempre que estava em Mossoró, nos finais de semana, bebíamos e comíamos como se fosse uma eterna festa. Dava cambalhota na piscina como se fosse um menino. Adorava exibir as suas habilidades físicas. Gostava de boas músicas e dividíamos sempre esse prazer. Um dia me presenteou com um CD de músicas que tinha gravado, em cujo rótulo, cuidadosamente preparado, estava escrito: “Recordar é viver duas vezes. Como quero ser lembrado daqui a cem anos quando morrer, se morrer. Nilson, Asuncion-PY – 08/2009”. Enquanto escrevia essas linhas, ouvia as músicas com as quais ele gostaria de ser lembrado. Foi a maneira que encontrei para senti-lo novamente ao meu lado.                Amava os cavalos. Cavalgar era terapia para ele. Fazia grandes percursos em companhia de outros aficionados, em dias maravilhosos de relaxamento e prazer. Esses dias eram realmente inesquecíveis, motivo de resenhas para muito tempo.                Tão intensamente viveu que foi preciso uma série de males simultâneos para pôr fim a sua vida. Apegou-se a vida enquanto pode. Mas um dia foi vencido e a fortaleza, que era o seu corpo físico, definhou. Já não lembrava mais o Nilson Gurgel que todos conheciam. Magro, sem cabelos e sem força para se deslocar, sequelas da quimioterapia, sofria mais pela imobilidade do que pelos males que o consumia. Até que um dia entregou sua alma a Deus. O seu corpo foi sepultado no solo de Mossoró, terra que tanto amou.                Como diz a frase latina que encabeça esse texto, “que Deus te dê descanso eterno”, meu amigo. Descanse em paz!                

  • 03/07/2016
  • por Geraldo Maia
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Comentários (2)

  • Levi
  • 03/10/2020
  • Responder

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  • Bessie
  • 12/10/2020
  • Responder

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