São relatos fantasiosos que, na verdade, nunca ocorreram. São mentiras contadas como se fossem verdades, gerando boatos e histórias fantásticas. As chamadas \"lendas urbanas\" são aquelas histórias que ninguém sabe como, onde ou quem difundiu, mas, pelos detalhes, muitas vezes surpreendentes ou até mesmo chocantes, são frequentemente ligadas a um fato real que é deturpado ou exagerado para assustar ou impressionar as pessoas. Mossoró também têm suas lendas urbanas. Algumas bem absurdas, mas que mesmo assim são passadas de boca a boca, ou mais recentemente pelas redes sociais, como tendo acontecido com algum conhecido. Uma dessas lendas diz respeito ao Memorial da Resistência, que foi criado para celebrar a resistência de Mossoró ao bando de cangaceiros chefiado por Lampião, que atacou Mossoró na tarde do dia 13 de junho de 1927. Diz à lenda que Lampião nunca esqueceu a derrota que sofreu em Mossoró e que por isso de tempos em tempos, tanto o fantasma dele como o do seu bando são avistados se lamentando pelas redondezas. Ainda com relação aos cangaceiros, existe a lenda da botija de Jararaca. Consta que ao fugir do cenário da batalha naquele 13 de junho de 1927, mesmo ferido no peito e na coxa, Jararaca conseguiu atravessar a ponte de ferro e se abrigar debaixo de uns pés de oiticica na região conhecida por Saco. Lá ele teria reunido sua riqueza indébita em uma caixa de charutos para enterrá-la, marcando o local com um pau seco fincado. E depois de morto, sua alma teria aparecido a um pequeno comerciante de Mossoró para que o mesmo fosse desenterrá-la. Segundo a lenda, esse comerciante alguns dias após o assalto dirigiu-se ao \"Saco\" a fim de trazer alguns animais que comprara. Atravessou a ponte do trem, e continuou seguindo o seu caminho quando ouviu uma voz lhe chamando. Procurando o autor da voz, reconheceu o mesmo como sendo o bandido Jararaca, que ele havia visto algumas vezes na cadeia, antes do mesmo ser \"justiçado\" pela polícia, trajando a mesma roupa de quando havia sido preso. Mesmo sabendo que o bandido estava morto, o comerciante não teve medo. Aproximou-se e ouviu o mesmo dizer: \"- Eu lhe chamei para lhe dar um negócio. Tá vendo esse pau enfincado?\" Perguntou o espectro de Jararaca. \"- Tou! \" Disse o comerciante. \"- Apois tire o pau daí, cave um pouco, no buraco tem uma caixa com 22$000 (vinte e dois contos de réis) e um punhal com duas alianças de ouro. São seus.\" O comerciante fez exatamente como lhe dissera Jararaca, inclusive repassando o valor. De posse do dinheiro, do punhal e das alianças, ele levantou-se para agradecer tão generosa oferta, no entanto não havia mais ninguém no local além dele; o espectro desaparecera inexplicavelmente. Apesar de alguns livros sobre Lampião em Mossoró registrarem essa história, a mesma nunca foi comprovada. Outra lenda urbana ligada a Mossoró é a do \"Atormentado do Cuscuz\". Contam que esse ser surge geralmente na boca da noite como uma fumaça de dentro dos fornos dos fogões quando as donas de casa estão preparando o tradicional cuscuz. E quando esse ser aparece, sai derrubando tudo que está por perto e apagando as bocas dos fogões. Sua presença é percebida pelo odor, já que com sua aparição é exalado um cheiro forte de palha de coqueiro queimada com querosene. Mas quem é esse atormentado e qual é a sua história? Consta que se trata da alma de um homem que morava no bairro da Ilha de Santa Luzia. Vivia sozinho e só se alimentava de cuscuz. Esse homem teria sido assassinado de maneira cruel por dois drogados que invadiram sua humilde residência na esperança de encontrar dinheiro para comprar pedra de crack. Quando eles invadiram a casa encontraram o homem fazendo o seu singelo cuscuz para jantar. E em um momento de extrema crueldade, os ladrões amaram o homem num coqueiro que havia no quintal, jogaram querosene e atearam fogo. E que enquanto o homem morria queimado, aos gritos de dor, os ladrões comiam o cuscuz que ele havia preparado para o jantar. Essas lendas circulam pela internet. Com exceção da lenda da botija de Jararaca, que consta em alguns livros locais,confesso que as demais eu nunca tinha ouvido.De qualquer maneira é assim que nascem as lendas urbanas. E com relação à lenda do \"Atormentado do Cuscuz\"o site informa que algumas pessoas do bairro onde acontecem as aparições, já teriam até mudado o hábito de comer cuscuz no jantar. Dizem esses que pelo sim ou pelo não, é melhor evitar.
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"A história de um povo não tem começo nem fim. O que conto aqui são trechos de uma História que pode começar a partir de alguns acontecimentos anteriores e terminar no meio de outros que estão apenas começando. E de trecho em trecho, vou contando a História do povo de Mossoró."
(Geraldo Maia)
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