O incentivo à leitura, na criança, deve começar antes do aprendizado das letras. Quando os pais têm o habito da leitura e costuma ler para seus filhos estórias compatíveis com a idade deles, desperta nas crianças fascínio pelas coisas maravilhosas que moram dentro do livro. Não são as letras, as sílabas e as palavras que fascinam. É a estória. Dessa forma, o aprendizado da leitura começa antes mesmo que a aprendizagem das letras. E se essa prática de leitura é seguida pelos professores nos primeiros anos de aprendizagem, a criança se volta para aqueles sinais misteriosos chamados letras. Deseja decifrá-los, compreendê-los – porque eles são a chave que abre o mundo das delícias que moram no livro! Deseja autonomia: ser capaz de chegar ao prazer do texto sem precisar da mediação da pessoa que o está lendo. Todo texto literário é uma partitura musical. As palavras são as notas. Se aquele que lê é um artista, se ele domina a técnica, se ele surfa sobre as palavras, se ele está possuído pelo texto – a beleza acontece. E o texto se apossa do corpo de quem ouve. Mas se aquele que lê não domina a técnica, se ele luta com as palavras, se ele não desliza sobre elas – a leitura não produz prazer: queremos que ela termine logo. Assim, quem ensina a ler, isto é, aquele que lê para que seus alunos tenham prazer no texto, tem de ser um artista. Só deveria ler aquele que está possuído pelo texto que lê. Por isso eu acho que deveria ser estabelecida em nossas escolas a prática de “concertos de leitura“. Se há concertos de música erudita, jazz e MPB – por que não concertos de leitura? Ouvindo, os alunos experimentarão os prazeres do ler. E acontecerá com a leitura o mesmo que acontece com a música: depois de ser picado pela sua beleza é impossível esquecer. Leitura é droga perigosa: vicia... Se os jovens não gostam de ler, a culpa não é deles. Foram forçados a aprender tantas coisas sobre os textos - gramática, usos da partícula “se“, dígrafos, encontros consonantais, análise sintática –que não houve tempo para serem iniciados na única coisa que importa que é a beleza musical do texto literário. Dar um livro que não corresponde com sua realidade e que a leitura seja \\\"pesada\\\", isto é, precisa ser lido e relido, parágrafo por parágrafo, para entender as idéias de seu autor, para quem não gosta de ler é tarefa difícil. E, depois, a culpa é jogada no próprio e infeliz aluno, afinal, é \\\"ele que não gosta de ler\\\". A grande maioria dos Educadores concorda que não se pode conceber a Educação sem o hábito da leitura. Ocorre que essa concepção, infelizmente, não passa de mais uma das tantas teorias discutidas e não aplicadas. Infelizmente percebermos que para muitos alunos a leitura de um bom livro ainda é entendida como \\\'perda de tempo\\\', ou como algo desagradável e imposto. Não podemos culpar os estudantes - o exemplo deve ser dado pelos pais e professores! O tempo passa, mas os pais e o professor continuam sendo o modelo, e se eles não tiverem o hábito e o prazer da leitura, certamente não conseguirão fazer com que seus filhos e alunos criem o hábito ou sintam o prazer da leitura. Precisamos levar em consideração que a vida moderna é realmente muito corrida, mas para quem gosta de ler sempre há tempo! Pretendo neste momento refletir com vocês a respeito dessa vida moderna, a qual reflete o desenvolvimento do Ser Humano. A Tecnologia hoje é encarada como \\\'fim\\\' e não como \\\'meio\\\' de facilitar e agilizar os trabalhos cotidianos. A Tecnologia é fundamental, mas para que nos sobre mais tempo para desfrutar da vida e não para nos escravizar! Hoje já não se aceita mais a desculpa de que o aluno não lê porque não pode comprar livros. Temos as bibliotecas escolares, as bibliotecas públicas, os sebos, onde se pode comprar livros muito mais barato, etc. No passado era difícil adquirir livros. Até meados do século XIX, os livros de leitura praticamente não existiam nas nossas escolas. Várias fontes, como relatos de viajantes, autobiografias e romances indicam que textos manuscritos, como documentos de cartório e cartas, serviam de base ao ensino e à prática da leitura. Em alguns casos, a Constituição do Império (e a lei de 1827, a primeira lei brasileira especificamente sobre instrução pública, prescreve isso), o Código Criminal e a Bíblia serviam como manuais de leitura nas escolas. Continua...
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"A história de um povo não tem começo nem fim. O que conto aqui são trechos de uma História que pode começar a partir de alguns acontecimentos anteriores e terminar no meio de outros que estão apenas começando. E de trecho em trecho, vou contando a História do povo de Mossoró."
(Geraldo Maia)
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