Folheando uma revista antiga que foi publicada em 1946 sobre o 1º Congresso Eucarístico de Mossoró, além da cobertura jornalística do evento, encontramos uma série de matérias que nos mostra como era Mossoró há 64 anos. A revista foi muito bem elaborada e contou com o apoio maciço da indústria e do comércio local, patrocinando a publicação e legando para o futuro uma gama de informações sobre os seus produtos, seus proprietários e os locais onde estavam instaladas. Aquelas empresas que já não existem mais em nossa cidade, nos permite fazer uma viagem no tempo pela Mossoró do passado. Logo na primeira página aparece um comercial da “Casa Bancária S. Gurgel”, que foi instalada em Mossoró em 19 de janeiro de 1942, na Rua Cel. Vicente de Sabóia, 156. Pertencia ao Sr. Sebastião Fernandes Gurgel, antigo e conceituado comerciante de tecidos da Praça de Mossoró. Homem de larga visão e tino comercial por excelência, o Sr. Sebastião Fernandes Gurgel manteve no comércio da cidade um grande empório de tecidos, em grosso e varejo. Nessa mesma área de tecidos encontramos a “Casa Nenezes”, de José Menezes, que além de tecidos vendia também perfumarias e artigos de moda. Anunciava que era a casa de melhor sortimento e melhores preços da cidade. Estava instalada na Rua Cel. Vicente Sabóia, 67, Centro. Tinha a “Casa Paula”, de Souza & Paula, ficara na Rua José de Alencar, 51, esquina com a Rua Felipe Camarão. Trabalhava com fazendas, sedas, linhos, brins de algodão e chapéus para homens. “A Nacional”, que anunciava um completo sortimento de miudezas, perfumarias, bijoterias e todos os artigos da moda. Pertencia a Elias Asfóra & Filho e funcionava em dois endereços: a Matriz ficava na Rua José de Alencar, 20. A Filial ficava na Rua Cel. Vicente de Sabóia, 16. Se dizia “a casa que não tinha competidores” e também como “a loja preferida pelos mossoroenses”. Tinha também a “Camisaria Elegante”, de Salles & Cia., que ficava na Rua Cel. Gurgel, 321 – Centro. Tinha a “Alcides Fernandes & Cia., com vendas em grosso e a retalho, que ficava na Rua Cel. Gurgel, 341-346. E do mesmo ramo encontramos propaganda da Fábrica de Redes Santo Antônio Ltda., com confecção esmerada de redes brancas e de cores, a prova de luz e lavagem. O escritório ficava na Rua idalino de Oliveira, 74 e sua fábrica na Rua Auta de Souza, 3 e 9. E ainda da “Casa Brasil – Alfaiataria”, de Firmino Silva. A Alfaiataria Brasil ficava na Rua Dr. Antônio de Souza, 39-45-51. Na área de móveis aparece a “Marcenaria Mossoró”, de João Dias Bezerra, que tinha sua fábrica na Praça Felipe Câmara, 164 e o seu depósito na Praça Rodolfo Fernandes, 51 – Centro, e trabalhava com fabricação de móveis, carpintaria e colchoaria. Tinha a “Movelaria Popular”, de Vicente Gomes Bezerra, que funcionava na Rua Idalino Oliveira, 50. Trabalhava com móveis, esquadrias e carpintaria. Na área de alimentação encontramos o “Café Agostinho”, “o bar central da cidade”, pertencente ao Sr. Cãndido Agostinho, que ficava na Rua Santos Dumont, 105. Servia cervejas e todas as bebidas geladas. Tinha também saladas, charutos, além dos formidáveis pasteis “Congressistas”. Tinha o “Farolito Bar, o ponto chic da cidade”, que anunciava ser o ponto de reunião da elite mossoroense. Servia bebidas nacionais e estrangeiras, doces em geral, bolinhos, etc. Ficava na Rua Vigário Antônio Joaquim, 59, centro. Tinha também a “Fábrica de Bebidas Rei” – Indústria Alimentícias e Alcoólicas, que ficava na Rua Cel. Gurgel 381. Fabricava os vinhos quinado Cruzador e Potiguar. Vinho Néctar de Caju, Vinho de Genipapo, Cocnac de Alcatrão e Concac Campagne. E também as aguardentes: Jeny, Cumbe, Composta, Estou com Você e Agüenta o Tombo. Tinha ainda no mesmo endereço a “Fábrica de Biscoitos Santa Maria” e a Pastelaria e Panificação “Santa Luzia”, esta funcionava na Rua Dr. Almeida Castro, 102. Tinha a “Cinelândia Bar” Na área de limpeza encontramos propaganda da “Fábrica de Sabão e Redes Santa Rita”, que pertencia à firma Araújo, Lima & Cia. Ltda., com fábrica a Rua Francisco Isódio, números 323-329 e 355. Encontramos ainda a “Saboaria São José”, de Luiz Carrilho de Oliveira, fabricante das afamadas marcas: Canário, Coruja, Cruzeiro, Vitória e Graúna. Ficava na Av. Rio Branco, 2030. Como podemos perceber, é uma verdadeira viagem ao passado, através da indústria e do comércio de Mossoró.
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"A história de um povo não tem começo nem fim. O que conto aqui são trechos de uma História que pode começar a partir de alguns acontecimentos anteriores e terminar no meio de outros que estão apenas começando. E de trecho em trecho, vou contando a História do povo de Mossoró."
(Geraldo Maia)
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