A Diocese de Mossoró foi criada em 28 de julho de 1934, pelo Papa Pio XI, desmembrada da Diocese de Natal (hoje arquidiocese), tendo como sé episcopal a Igreja Matriz de Santa Luzia. Para a residência oficial do Bispo, era preciso a aquisição de uma casa que pudesse oferecer conforto e segurança, mas não podia ser qualquer casa. Tinha que ser uma casa adquirida de uma família virtuosa. E a casa que foi indicada era um palacete que havia sido construído pelo Cel. Antônio Soares do Couto, industrial, sócio da exportadora M. F. do Monte & Cia., ex-Presidente da Intendência com função executiva em 1908, que ali residiu até sua morte na década de 1920. Por sua história, o imóvel era considerado um solar de boas virtudes. A propriedade era denominada de “Vila Justa”, em homenagem a sua esposa, Justa Nogueira do Couto, que sobreviveu a morte do marido, vindo a falecer nos idos de 1950. E coube ao Padre Luís da Mota a responsabilidade da conversa inicial com os herdeiros da família. Acontece que o Padre Mota tinha tido um desentendimento com a proprietária, por tê-la reprimido durante uma missa, quando a mesma tentou furar a fila de comunhão. E o padre procurou explicar ao Bispo a situação, que estavam de relações cortadas com a viúva que nem mais o cumprimentava e que certamente não ia querer negociar com ele. Mas dada persistência do Sr. Bispo, padre Mota arriscou intermediar os entendimentos. E prometeu ao mesmo que falaria com a viúva quando houvesse oportunidade. E esta se ofereceu na própria Catedral, momento em que Justa, ajoelhada, contrita, fazia suas preces, rezava suas orações. Aproximando-se, cumprimentou-a. A mesma respondeu ao cumprimento com satisfação, demonstrando que não havia mais ressentimento pelo ocorrido. E começaram a partir daquele momento as negociações para aquisição da “Vila Justa” e todo o seu vasto terreno, para a instalação do Palácio Episcopal. O imóvel foi adquirido pela Diocese pela importância de cem mil cruzeiros, além do compromisso que assumiria o Vigário Geral, Pe. Luiz da Mota, de arrolar importância idêntica como doação. O “Palácio Santa Luzia”, residência oficial do Bispo Diocesano, foi edificado em terra virgem, dentro do mato, numa área em que existiam apenas frondosas árvores seculares. O acesso era feito através de uma vereda no matagal que se iniciava na linha de ferro. A obra foi iniciada em 1915 e teve como chefe de construção o italiano Campitelli, arquiteto trazido para o Brasil como um dos maiores artistas do gênero que havia pisado em nossa capital. Foi ele o responsável pela introdução do “radier”, o que era novidade no sistema de amarração de prédios. A “Vila Justa” foi inaugurada solenemente em 15 de março de 1917, com a presença de autoridades, convidados especiais e familiares. Ali estiveram os Doutores Almeida Castro, Soares Júnior e Enéas Couto, os dois últimos sobrinhos do anfitrião, Manuel Benício de Melo, Cunha da Mota, Presidente da Intendência, Miguel Faustino do Monte, José Pedro do Monte, Antônio Florêncio de Almeida, jornalista Martins de Vasconcelos e outros. Houve missa e bênção do edifício, oficiados pelo Padre Manuel Barreto, vigário da paróquia e diretor do Colégio Santa Luzia, além da cerimônia de batismo de duas crianças, sobrinhas do Cel. Totô. O padre Barreto proferiu eloquentes palavras congratulatórias ao evento e ao proprietário. A festa culminou com um lauto jantar oferecido aos presentes em regozijo pela inauguração da “Vila Justa”. O referido prédio está localizado na Praça Padre Mota, popularmente conhecida como Praça das Caixas d’Água. O prédio permanece com suas fachadas inalteradas, e já abrigou seis Bispos de nossa Diocese: Dom Jaime de Barros Câmara, Dom João Batista Portocarrero Costa, Dom Eliseu Simões, Dom Gentil Diniz Barreto, Dom José Freire de Oliveira Neto e Dom Mariano Manzana.
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"A história de um povo não tem começo nem fim. O que conto aqui são trechos de uma História que pode começar a partir de alguns acontecimentos anteriores e terminar no meio de outros que estão apenas começando. E de trecho em trecho, vou contando a História do povo de Mossoró."
(Geraldo Maia)
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